A Secretaria Municipal de Saúde adotou desde o início da campanha um horário especial, com todas as Unidades Básicas de Saúde – UBSs funcionando até as 20 horas às segundas-feiras, mesmo assim, apenas 73% do grupo de risco se vacinou até o momento. O ideal para que não haja surto é vacinar 95% do grupo. Paciente que veio a óbito no município era do grupo de risco.
Em entrevista coletiva à imprensa na tarde de quinta-feira, 23, a Prefeitura de Campo Belo, através do secretário municipal de Saúde, Dr. José Assunção e com a presença do assessor municipal de Governo José Ferreira de Oliveira Júnior, confirmou a morte por H1N1 de um paciente de 54 anos, que era do grupo de risco e não havia tomado a vacina, e disse que há mais três casos suspeitos de pacientes que estão recebendo tratamento, sendo dois pacientes que haviam ficado em isolamento na UPA mas já foram transferidos para o CTI da Santa Casa e uma criança, que foi transferida para Lavras. A Prefeitura aguarda o envio de material do estado para a realização do exame para comprovação do diagnóstico.
Segundo o secretário, o paciente que veio a falecer sofria de hipertensão e diabetes, o que agravou o quadro dele. A morte ocorreu no final de semana, mas o exame feito pelo Estado para confirmar o diagnóstico chegou ao município no dia 20. O paciente estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Santa Casa, já recebendo tratamento para H1N1. Com a confirmação, a família e pessoas próximas que tiveram contato com o paciente passaram pelo bloqueio vacinal, recebendo a imunização preventivamente.
“A maneira mais segura de não ter a doença é se vacinar. Existem outras formas de evitar a doença de forma indireta, que é primeiramente a higienização das mãos, evitar de compartilhar talheres, copos, evitar aglomerados nesta época o máximo possível, não só por causa da Influenza mas por causa do resfriado comum e outras viroses, usar máscara, se você está gripado ou vai visitar alguém que está com a gripe, coloque a máscara. Evitar ambientes hospitalares, só indo ao ambiente hospitalar se houver uma necessidade muito grande. Evitar espirrar e colocar a mão, porque você também não sabe o que tem e poderá passar para outra pessoa, mas o cuidado maior é a vacina”, reforçou o secretário.
SES – MG - Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, o último boletim epidemiológico da gripe foi divulgado em 17 de maio e, na ocasião, não havia nenhum caso confirmado do Sul de Minas ainda. No informativo, constavam 36 casos em todo o estado, e uma morte em Belo Horizonte.
Ainda de acordo com o secretário, a imunização continua voltada para os grupos de risco até o dia 31 de maio e, ao final da campanha, caso haja doses remanescentes, serão abertas para o restante da população.
Conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas oferecidas gratuitamente pelo governo são destinadas a:
• Crianças de 6 meses a menos de 6 anos de idade;
• Gestantes;
• Puérperas (mães que deram à luz há menos de 45 dias);
• Idosos com 60 anos ou mais;
• Trabalhadores da saúde, professores da rede pública ou privada, portadores de doenças crônicas, povos indígenas, população carcerária e funcionários do sistema prisional.
• Portadores de doenças crônicas (HIV, por exemplo) que fazem acompanhamento pelo SUS.
